Fábio Batistuta

Serviços e Exames

Serviços

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Consulta de Medicina Fetal

A consulta em Medicina Fetal é realizada por profissional habilitado a discutir sobre questões clinicas, cirúrgicas, obstétricas, fetais e genéticas. Tem objetivo de informar e orientar a gestante e seu acompanhante de complicações relativas a gravidez.

A consulta em Medicina Fetal é realizada para as gestantes que tiveram:

  1. Alguma alteração na anatomia do feto detectada em ultrassom prévio;
  2. Casos com indicação de cirurgia fetal (mielomeningocele, hérnia diafragmática congênita, síndrome da transfusão feto fetal, dentro outros casos);
  3. Aquelas que tem um risco aumentado para síndromes genéticas e/ou pré-eclâmpsia rastreado no Ultrassom Morfológico de 1º Trimestre ou em qualquer outra fase da gestação;
  4. Alterações no crescimento fetal e/ou 
  5. Para o casal que teve alguma alteração em gestação anterior e deseja planejar a próxima gravidez.

  • Geralmente, é realizada uma ecografia do feto e em seguida uma consulta para orientar a respeito da alteração em questão

 

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Biopsia de vilo Corial e Amniocentese

A Biópsia de vilo corial (BVC) e a amniocentese são procedimentos médicos realizados durante a gravidez para confirmação de alguma suspeita de doença, principalmente, síndromes genéticas, como por exemplo, a Síndrome de Down. Existem outras utilidades para esses procedimentos, como a confirmação de alguma infecção fetal e coleta de material para teste de paternidade.

Na BVC, uma pequena amostra da placenta (que contém tecido geneticamente idêntico ao do bebê) é coletada para teste, enquanto na amniocentese é coletado uma pequena quantidade (20 ml) de líquido amniótico. 


A BVC é realizado com mais frequência entre 11 e 15 semanas e a amniocentese é realizada após 16 semanas de gestação.

Quando considerar a realização da BVC ou amniocentese?⠀


A indicação mais comum é quando detectado em alguma ultrassonografia alterações que aumentam o risco de doenças de origem genética. Exemplos dessas alterações: translucência nucal aumentada, cardiopatias, osso nasal hipoplásico, ventriculomegalia, etc.⠀

A idade materna por si só não é uma razão para realizar um dos dois testes. ⠀

A realização da BVC e amniocentese é uma escolha da paciente após as devidas orientações e o procedimento é feito após a paciente assinar o termo de consentimento.

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Amniodrenagem

   Procedimento no qual realiza-se aspiração de grandes volumes de líquido amniótico, através de punção guiada por ultrassonografia, em gestações onde o mesmo está em excesso, seja para alívio dos sintomas maternos, como falta de ar ou prevenção do parto prematuro.
   O presente procedimento é feito sob anestesia local e não requer jejum, sendo o mesmo desaconselhado.
   Deve acompanhar pedido médico e exames prévios para consulta. Além de todas as ultrassonografias da gestação atual, é fundamental apresentar resultado de exame laboratorial que contenha grupo sanguíneo e fator Rh maternos, além de Teste de Coombs Indireto para as gestantes Rh negativo, teste para HIV e VRDL/FTA-Abs recentes.
Quando indicada, geralmente é feita no terceiro trimestre da gestação. Recomenda-se que a paciente compareça acompanhada.

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Transfusão Sanguínea Fetal

  A transfusão Sanguínea Intrauterina realizada no feto, está indicada principalmente para tratamento da Anemia fetal.

   A anemia fetal é uma importante causa de adoecimento do feto, podendo inclusive levar à morte dentro do útero ou logo após seu nascimento. Causa disfunções cardio-vasculares e pode levar ao inchaço generalizado do feto, também chamado de Hidropsia Fetal.

O que é Anemia Fetal?

É a diminuição das Células Vermelhas na corrente sangúinea, causando uma diluição do sangue e o comprometimento do transporte de oxigênio. Pode ser provocada por diversas doenças como:

  • Destruição das hemácias fetais causada por anticorpos maternos anti-Rh produzidos pela mãe na Isoimunização Rh
  • Destruição de elementos figurados do sangue provocado por tumores feto-placentários
  • Diminuição da produção de hemácias pelo baço, fígado e medula óssea como nas infecções fetais
  • Perda sanguínea provocada pelo sangramento feto-materno
  • Produção de hemácias anômalas como nas Talassemias e outras doenças genéticas por exemplo.

Como é feito o diagnóstico de anemia fetal?

O diagnóstico é realizado pela medida da concentração da hemoglobina numa amostra de sangue fetal. A amostra é colhida do cordão umbilical através de um procedimento guiado por ultrassom chamado de Cordocentese. Está indicado quando se suspeita de anemia fetal.
A suspeita de anemia ocorre durante a ultrassonografia, quando o feto apresenta um ou mais dos seguintes sinais:

  • Hidropsia (Acúmulo de líquido em mais de uma cavidade serosa do corpo)
  • Edema de pele
  • Poliâmnio
  • Cardiomegalia
  • Hidropsia placentária
  • Medida do pico da velocidade do fluxo sanguíneo na Artéria Cerebral Média (PVS-ACM) astá acima 1,5 múltiplos da mediana (Moms).

Quando tratar a anemia fetal?
O momento para realização da Transfusão Sanguínea Intrauterina dependerá:

  • Idade gestacional
  • Concentração da hemoglobina no sangue fetal
  • Possibilidade de se realizar uma cordocentese
  • Possibilidade de se monitorar a gravidade da anemia através do PVS-ACM
  • Gravidade da anemia
  • Sua causa etiológica.

Transfusão Sanguínea Intrauterina:

É o tratamento de escolha para a anemia fetal grave e segundo a literatura médica aumenta o tempo de sobrevida fetal. Pode ser realizada de 18 a 35 semanas de gestação se os níveis de hemoglobina estiverem 2 Desvios padrão abaixo da média de acordo com a idade gestacional. Após essa data o parto estará indicado.

 

Técnica para Transfusão Sanguínea Intrauterina:

A transfusão sanguínea intrauterina é normalmente realizada através de uma punção da veia umbilical próximo à placenta, com uma agulha através do abdome materno guiada pelo ultrassom. O procedimento é realizado no bloco cirúrgico, após leve sedação materna e anestesia da pele. Eventualmente poderá ser usado um relaxante muscular e anestesia no feto para impedir sua movimentação e a sensação de dor durante a transfusão, sobretudo quando se realiza, excepcionalmente, as técnicas de tranfusões intra-abdominal ou intra-cardíaca.
O sangue a ser transfundido é proveniente de uma agência tranfusional, de um doador anônimo, previamante preparado e compatível com o paciente. O volume a ser transfundido dependerá da idade gestacional, da doença causadora da anemia, dos níveis de hemoglobina cohlidos previamente à transfusão, da presença ou não de hidropsia fetal e da concentração da bolsa de sangue. Dependendo da causa da anemia, esse mesmo processo poderá ser realizado outras vezes durante o pré-natal.

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Dreno de Tórax

Também conhecidos como drenos ou shunts feto-amnióticos. São usados para drenar uma coleção de líquido de uma cavidade fetal (mais comumente o tórax, bexiga ou pelves renais) para a cavidade amniótica através da inserção de um cateter específico guiado por ultrassonografia. Como trata-se de um procedimento invasivo, é realizado em ambiente hospitalar.

As indicações das derivações fetais são as seguintes:

⦁ Derrames pleurais associados a hidropisia (Figura 1);
⦁ Malformações adenomatóide cística do pulmão tipo I associado a hidropisia que não responderam a tratamento medicamentoso prévio;
⦁ Obstrução urinária baixa ou obstrução urinária alta bilateral cursando com anidrâmnio (ausência de líquido amniótico).

Cada caso deve ser avaliado individualmente e avaliado a necessidade de colocação do dreno.

 

Figura 1: Inserção do dreno no tórax do feto que apresenta derrame pleural – Shunt tóracoamniótico.

 

Figura 1: Inserção do dreno no tórax do feto que apresenta derrame pleural – Shunt tóracoamniótico.

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Correção Cirúrgica Intrauterina de Mielomeningocele

   O que é a mielomeningocele ou espinha bífida?

   É a malformação congênita mais comum em todo o mundo. Acomete 1 a cada 1000 nascidos vivos. ⠀
   A coluna vertebral tem como origem embriológica uma estrutura chamada tubo neural, que por volta da 4º semana de gestação se fecha no sentido crânio-caudal, ou seja, da cabeça para os pés. Devido a fatores genéticos e/ou ambientais, em alguns casos, pode ocorrer uma falha no fechamento desse tubo em sua região mais caudal, ocorrendo a chamada mielomeningocele ou espinha bífida.⠀
   Dessa maneira, há uma abertura na coluna do bebê que faz com que as raízes nervosas da medula espinal fiquem expostas. Esse tecido nervoso sem proteção pode ser lesionado pelo líquido amniótico ou por trauma quando o bebê encosta na parede uterina e, assim, causar as complicações típicas da mielomeningocele no bebê.

Figura 1: Ilustração mostrando a mielomeningocele ou espinha bífida.

Figura 1: Ilustração mostrando a mielomeningocele ou espinha bífida.

Quais as consequências da mielomeningocele para o bebê?

Os danos neurológicos para o bebê, podem variar de acordo com o local em que a lesão medular ocorre. Mas de maneira geral, são:⠀

✔Malformação de Arnold-Chiari II (deslocamento do cerebelo para o canal medular);⠀
✔Ventriculomegalia;⠀
✔Alterações ortopédicas de membros inferiores: pés tortos, atrofia da musculatura;⠀
✔Atraso no desenvolvimento neurológico;⠀
✔Alterações intestinais;⠀
✔Alterações urinárias (bexiga neurogênica).⠀

Como é feito o diagnóstico de mielomeningocele no pré natal?

A detecção de mielomeningocele no pré-natal tem se tornado cada vez mais precoce. O diagnóstico já pode ser suspeitado precocemente entre 11 e 14 semanas de gestação no Ultrassom Morfológico de 1º Trimestre (também conhecido com Ultrassom da Translucência Nucal) por meio de marcadores específicos que são avaliados nessa idade gestacional e confirmado a partir do 2º Trimestre de gestação!

Figura 2: Feto de 12 semanas de idade gestacional em Ultrassom Morfológico de 1º Trimestre em que é possível rastrear a mielomeningocele por meio de marcadores específicos dessa fase.

Figura 2: Feto de 12 semanas de idade gestacional em Ultrassom Morfológico de 1º Trimestre em que é possível rastrear a mielomeningocele por meio de marcadores específicos dessa fase.

Figura 2: Feto de 12 semanas de idade gestacional em Ultrassom Morfológico de 1º Trimestre em que é possível rastrear a mielomeningocele por meio de marcadores específicos dessa fase.

Figura 3: Ultrassom evidenciando a lesão na coluna do feto de 22 semanas de gestação. Mielomeningocele lombo-sacral.

Tratamento da mielomeningocele

O tratamento da mielomeningocele é cirúrgico!

Antigamente, esse defeito congênito só era corrigido após o nascimento, contudo, com o avanço dos estudos em Medicina Fetal, aprimoramento de tecnologias e criação de novas técnicas, foi desenvolvida a cirurgia intraútero!

O bebê tem o seu defeito na coluna corrigido ainda dentro do útero materno e comprovou-se o maior benefício dessa cirurgia quando comparada a correção pós-natal em um estudo conduzido no Children’s Hospital na Filadélfia conhecido mundialmente como Mom’s Trial (Management of Myelomeningocele Study)! Esse estudo foi um marco na Medicina Fetal, chancelando de vez a possibilidade da cirurgia intrauterina para correção da mielomeningocele.

Critérios para cirurgia

Essa correção é realizada entre 19 e 26 semanas de gestação em fetos cujo defeito na coluna está localizado entre a primeira vértebra torácica (T1) e a primeira vértebra sacral (S1), que possuem a herniação do cerebelo para o canal medular e ausência de tortuosidades graves na coluna fetal. Além desses, outros critérios são avaliados na hora de indicar a cirurgia intrauterina, como por exemplo, o risco de parto prematuro, a idade da gestante, se há outras alterações estruturais fetais associadas a mielomeningocele.

Técnicas existentes para correção da mielomeningocele intraútero

Existem 3 técnicas cirúrgicas para a correção da mielomeningocele no período pré-natal, são estas:⠀
⦁ Cirurgia aberta clássica.⠀
⦁ Cirurgia aberta com minihisterotomia.⠀
⦁ Cirurgia endoscópica.

Nosso serviço, sob a coordenação do Dr. Fábio Batistuta, realiza a cirurgia de correção intraútero da mielomeningocele pela técnica da cirurgia aberta com minihisterotomia, desenvolvida pelo Dr. Fábio Peralta.

Essa técnica permitiu a realização das cirurgias fetais em idades gestacionais menores e trouxe mais segurança para mãe e feto.

Em recente estudo publicado na Prenatal Diagnosis, o Dr. Fábio Peralta trouxe novas perspectivas para a cirurgia fetal. Demonstrou que quanto mais cedo (antes das 24 semans de gestação) a correção da mielomeningocele intraútero por meio de uma mini-histerotomia é realizada:

– Menores são as taxas de shunt ventriculoperitoneal pós-natal;
– Maior o intervalo entre a cirurgia e o parto;
– Maiores taxas de reversão da herniação cerebelar.

Esse trabalho traz embasamento científico para fazer a correção intraútero antes das 24 semanas de gestação visando sempre os melhores resultados para mãe e bebê.

Equipe de Cirurgia Fetal da Fetali, sob a coordenação do Dr. Fábio Batistuta de Mesquita em campo na correção intrauterina da mielomeningocele.

Equipe de Cirurgia Fetal da Fetali, sob a coordenação do Dr. Fábio Batistuta de Mesquita em campo na correção intrauterina da mielomeningocele.

Correção intrauterina da mielomeningocele por minihisterotomia: À esquerda, observa-se a mielomeningocele exposta na incisão uterina (minihisterotomia). À direita, a incisão no útero fechada com aproximadamente 3 cm de tamanho.

Correção intrauterina da mielomeningocele por minihisterotomia: À esquerda, observa-se a mielomeningocele exposta na incisão uterina (minihisterotomia). À direita, a incisão no útero fechada com aproximadamente 3 cm de tamanho.

Resultados da correção intrauterina da mielomeningocele

O estudo Mom’s Trial (Management of Myelomeningocele Study) teve de ser finalizado antes do tempo proposto, pois a análise estatística intermediária das 183 gestantes recrutadas demonstrou resultados significativamente melhores para as crianças operadas intraútero do que para aquelas operadas após o nascimento. 

Houve redução na necessidade de colocar o dreno ventrículo-peritoneal no grupo da cirurgia fetal (40%) em relação às crianças operadas após o nascimento (82%) devido à reversão do Chiari II ainda na vida fetal dos fetos operados antes do nascimento. O grupo de crianças operadas intraútero também apresentou significativo aumento na chance de deambular sem uso de órteses e uma melhora significativa no desenvolvimento intelectual. 

O estudo concluiu que apesar do maior risco de rotura prematura da membrana amniótica e menor idade gestacional no parto em relação ao grupo controle (crianças operadas após o nascimento), a cirurgia fetal para correção da mielomeningocele contribuiu para significativa melhora no prognóstico neurológico dos afetados. Tal estudo é um marco que retira a cirurgia fetal para correção da mielomeningocele do nível experimental. 

A correção fetal da mielomeningocele deve ser oferecida às gestantes cujos fetos apresentam a malformação e esta conduta é apoiada por nível 1 de evidência científica.

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Tratamento para Síndrome de Transfusão Feto-fetal (STFF)

A Medicina Fetal tem avançado muito nos últimos anos e trouxe para a nossa realidade o tratamento intrauterino de complicações inerentes às gestações gemelares, em especial aquelas em que os fetos compartilham a mesma placenta. Complicações que acontecem em gestações cujos fetos são interligados por vasos sanguíneos placentários, como a Síndrome da Transfusão Feto Fetal (STFF), a restrição seletiva do crescimento intrauterino e síndrome do feto acárdico ou TRAP Sequence, podem colocar em risco a vida de um ou de ambos os bebês ainda dentro do útero. Para minimizar esse risco, a ablação a laser dos vasos placentários é a principal opção terapêutica, com evidência científica nível 1.

Figura

Figura 1.: Síndrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF). Nota-se a presença de anastomoses arteriovenosas, nas quais o sangue flui do feto doador para o receptor. A sequência Oligo/Polihidrâmnio é a forma mais comum da STFF (Ilustração cedida por Dr. Fábio Batistuta e Dra. Marianna Pedroso).

Essa cirurgia fetal consiste na cauterização dos vasos placentários que são comuns a ambos os fetos com o uso do laser e dessa maneira impedindo que perpetue um desequilíbrio de circulação sanguínea entre eles. Esta conduta é adotada nos mais importantes centros de medicina fetal do mundo, é consenso de que deve ser realizada como tratamento de escolha, quando disponível e quando as complicações, principalmente, a transfusão feto fetal grave, se desenvolvem até a 26ª semana de gestação.

Apesar desse avanço, o mais importante é que estas gestantes tenham um acompanhamento adequado desde o início da gestação por profissionais capacitados e atualizados. Reconhecer se a gestação é monocoriônica ou dicoriônica e se os fetos dividem a mesma bolsa amniótica é de fundamental importância! A partir daí define-se qual será o seguimento ultrassonográfico para rastreamento dessas complicações citadas. Caso seja detectada alguma complicação, há tempo hábil para o planejamento e encaminhamento da paciente para um centro de referência, onde é possível realizar essa cirurgia fetal.

Nosso serviço realiza a Ablação Vascular a Laser em gestações gemelares pelo Dr. Fábio Batistuta e sua equipe!

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Oclusão/De oclusão Traqueal Fetal com Balão na Hérnia Diafragmática

A Hérnia Diafragmática Congênita é um defeito no músculo do Diafragma, músculo que separa a caixa torácica do abdome. Através desse defeito pode haver a passagem de vísceras abdominais como o fígado, o estômago, os intestinos, o baço e o epiplon para dentro do tórax. Normalmente a Hérnia Diafragmática Congênita acomete o lado esquerdo do diafragma (Hérnia de Bochdaleck), mas eventualmente pode estar à direita ou no centro do diafragma (Hérnia de Morgagni).

Hérnias Diafragmáticas Congênitas à esquerda que apresentam o fígado herniado no tórax e as Hérnias Diafragmáticas à direita apresentam prognósticos piores. As vísceras abdominais presentes no tórax desde as primeiras semanas de vida do embrião empurram os pulmões e o coração lateralmente, impedindo o desenvolvimento adequado dos pulmões, desviando o coração para o lado contrário ao da HDC. Nas Hérnias Diafragmáticas Congênitas graves o recém-nascido poderá sofrer de Hipoplasia pulmonar e hipertensão pulmonar que podem levar à morte do bebê.

A Cirurgia Fetal Intrauterina está indicada para as Hérnias Diafragmáticas Congênitas mais graves e que apresentam os piores prognósticos neonatais. Realiza-se nesses fetos a Cirurgia Fetal para Oclusão Endoluminal Traqueal com Balão por Fetoscopia (FETO). Trata-se de uma Cirurgia Fetal minimamente invasiva por meio da fetoscopia, para obstruir provisoriamente a traqueia fetal com um balão removível. A Oclusão Traqueal impede que os flúidos e secreções produzidas pelos alvéolos e árvore brônquica saiam através da traqueia, acumulando no pulmão e levando à sua expansão. A expansão pulmonar cria um estímulo que aumenta a quantidade de alvéolos e vasos pulmonares, diminuindo dessa maneira a incidência de hipoplasia pulmonar grave e hipertensão pulmonar.

A Cirurgia para Oclusão Endoluminal Traqueal com Balão por Fetoscopia aumenta a possibilidade de que a criança sobreviva, aumentando as chances de que o defeito no diafragma seja corrigido nos primeiros dias após o nascimento. A mesma deve ser realizada por volta da 28ª semana de gestação. O balão deverá ser retirado idealmente seis semanas após sua implantação, antes do nascimento do bebê. A extração do balão é realizada por volta da 34ª semana através de uma nova cirurgia ou através da punção guiada pela ultrassonografia.

Estudos recentes têm demonstrado que a Cirurgia Fetal Intrauterina – FETO se realizada nas Hérnias Diafragmáticas Congênitas graves, há uma redução nas taxas de mortalidade neonatal de 85%-95% para 50%-60%


Exames

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Exames de Ultrassom

Consiste em um minucioso exame de ultrassom do feto, seguido de orientação familiar dos resultados encontrados.

O exame contempla:

 

  • Avaliação detalhada da anatomia fetal, 
  • Cálculo de risco de doenças genéticas que podem acometer o feto, 
  • Cálculo de risco de pré-eclâmpsia e restrição do crescimento fetal.



O exame amplamente conhecido como “Ultrassom da Translucência Nucal” ou “Ultrassom da Nuquinha do bebê” está contemplado no Ultrassom Morfológico de 1º Trimestre. Com o avanço da tecnologia dos aparelhos de ultrassom e o maior entendimento das patologias que podem acometer o feto, esse exame se tornou mais complexo, com diversos outros marcadores a serem avaliados, além da Translucência Nucal. Esse avanço na Medicina Fetal permitiu o rastreamento de alterações fetais em uma idade gestacional precoce e dessa forma, um melhor planejamento e condução da gestação. ⠀

É realizado entre 11 e 13 semanas e 6 dias de gestação e para essa avaliação, o médico responsável pelo exame irá usar dados da história materna, dados do exame clínico da gestante (peso, altura, medida da pressão arterial, por exemplo) e dados do exame de ultrassom.⠀

O exame de ultrassom irá avaliar toda a morfologia do feto relativa a idade gestacional do período: cérebro, face, tórax, coração, abdome, pelve e membros superiores e inferiores, além de estudo da placenta e vasos uterinos. É realizado também a avaliação de marcadores ultrassonográficos específicos para o rastreamento de cromossomopatias e cardiopatias: Translucência Nucal, osso nasal, estudo Doppler do ducto venoso e regurgitação tricúspide.⠀

Esse exame também é fundamental para avaliação de gestações múltiplas, definindo a corionicidade (número de placentas), a amnionicidade (número de bolsas amnióticas) e sinais precoces de complicações relativas a gestações monocoriônicas, como a Síndrome da Transfusão Feto Fetal. ⠀

Avalia detalhadamente a anatomia (morfologia) do feto para rastreamento de malformações estruturais, faz o estudo da placenta, do líquido amniótico e de fatores do bem-estar fetal.

O período de realização do exame é entre 20 e 24 semanas de gestação.

Com o avanço da Medicina Fetal, fornecendo cada dia mais ferramentas para melhorar a assistência materno-fetal, esse exame se torna mais completo quando somada a avaliação ultrassonográfica do do colo uterino por via endovaginal para rastreamento de parto prematuro e o estudo Doppler das artérias uterinas para rastreamento de pré-eclâmpsia no segundo trimestre! ⠀

O Doppler é uma ferramenta da ultrassonografia que permite a avaliação de partículas em movimento, sobretudo o fluxo sanguíneo dentro dos vasos, possibilitando o estudo da irrigação sanguínea de órgãos como a placenta, o cérebro e o coração fetal bem como qualquer órgão que possua fluxo sanguíneo. Auxilia imprescindivelmente no estudo anatômico fetal. Permite diagnosticar precocemente doenças fetais relacionadas com a má nutrição, má oxigenação dos tecidos e de condições que levam ao sofrimento e morte fetal. Sua utilização tem um alto valor preditivo na identificação daquelas gestações com uma alta probabilidade de complicações. É um importante aliado no acompanhamento de bebês que apresentam um crescimento restrito, tanto para o diagnóstico quanto para a definição da gravidade.

Deve ser usado rotineiramente para seus vários propósitos, mas para fins de avaliar o risco de insuficiência placentária, restrição de crescimento fetal, pré-eclâmpsia e acompanhamento da vitalidade fetal é indicado junto à Avaliação fetal de primeiro trimestre de 11 a 14 semanas, à Avaliação Fetal de segundo trimestre de 18 a 24 semanas, junto ao Ecocardiograma e na Avaliação Fetal de terceiro trimestre de 32 a 34 semanas.

O exame do Perfil Biofísico auxilia na avaliação da vitalidade fetal. A partir da análise de 5 parâmetros biofísicos é possível predizer com alta possibilidade de acerto, que o bebê não virá a óbito nos próximos 7 dias, o que chamamos de alto valor preditivo negativo.

Com o auxílio do ultrassom e da cardiotocografia avalia-se: Os movimentos respiratórios do feto, o padrão de movimentação, o tônus da musculatura fetal, o volume de líquido amniótico e a variabilidade dos batimentos cardíacos.

O exame pode ser realizado idealmente após a 26ª semana de gestação, período a partir do qual o sistema de condução dos impulsos neuronais já estão formados e sofrem alterações em situações de baixa oxigenação do feto.

Normalmente o exame pode ser solicitado juntamente com Doppler e a análise dos dois parâmetros, assegura que o estudo da vitalidade fetal seja realizado de maneira mais ampla.

O PBF pode ser solicitado em qualquer gestação, mas frequentemente é solicitado pelo médico obstetra para verificar a vitalidade, sobretudo em gestações com maior risco de óbito perinatal (Hipertensão materna, pré-eclâmpsia, diabetes, macrossomia fetal, restrição de crescimento fetal)

 

O exame em três dimensões ou 3D é uma técnica de ultrassonografia que permite uma melhor compreensão da imagem pelo leigo. O exame em quarta dimensão ou 4D é o mesmo que 3D, mas obtida em tempo real.

A técnica 3D/4D é comprovadamente segura e não emite radiação ionizante. Este exame não substitui os exames ultrassonográficos de rotina, a ecografia morfológica de segundo trimestre e não apresenta vantagens adicionais para o diagnóstico de anomalias fetais. Não visa avaliar o bem-estar fetal ou condições patológicas.

Atualmente é indicado basicamente para finalidades estéticas ou em eventuais estudos científicos. Envolve maior custo porque agrega valor tecnológico, insumos, tempo e maior preparação técnica do ultrassonografista. Não está coberto pela maioria dos convênios médicos.

Nem sempre é possível obter uma imagem esteticamente satisfatória ou que satisfaça integralmente às expectativas do cliente. A qualidade da imagem pode sofrer interferência de diversos fatores impossíveis de se controlar: Baixo volume de líquido amniótico, posição fetal no momento do exame, estruturas fetais que se interpõem entre sonda e a face, qualquer obstáculo à passagem do som (Obesidade, alças intestinais, sequelas de cirurgias anteriores, lipoaspiração abdominal, miomas uterinos, aderências, inchaço e edema de pele), gestações gemelares, anomalias fetais congênitas.

 

Recomendações para obtenção de imagens com a melhor qualidade estética possível:

            – Não usar óleo ou creme hidratante 12 horas antes do exame.

            – Fazer um pequeno lanche 1 hora antes do exame.

            – Hidratar o corpo abundantemente no dia anterior.

            – Realizar o exame entre 25 semanas e 28 semanas de gestação. Fora deste período, a possibilidade de se conseguir uma boa imagem é menor.

Exame ultrassonográfico destinado à avaliação da formação estrutural do coração e do seu funcionamento. Malformações cardíacas complexas, pequenas alterações estruturais, arritmias e alterações das Valvas e dos grandes vasos (Aorta, Pulmonar e veias sistêmicas e pulmonares) podem ser diagnosticadas pelo ecocardiograma.

O Ecocardiograma de nível I é realizada durante a triagem morfológica pelo médico especialista em medicina fetal e o Ecocardiograma de nível II pelo cardiologista pediátrico ou pelo especialista em coração fetal.

As malformações cardíacas congênitas estão dentre as mais frequentes, acometendo em média um bebê a cada 100 nascidos vivos.

O exame é realizado normalmente entre 26 e 28 semanas de gestação e a sua indicação tem se tornado cada vez mais ampla, podendo ser realizado independente de haver fatores de risco.
Gestante com qualquer fator de risco deve se submeter ao exame. Dentre os fatores de riscos: idade igual ou maior que 35 anos, história de bebê portador de doença cardíaca em gestação prévia, histórico pessoal ou do pai de cardiopatia congênita, Diabetes, Lúpus, uso de drogas teratogênicas, alterações ultrassonográficas como Translucência nucal aumentada, malformações fetais ou hidropsia e doenças cromossômicas no feto.

O diagnóstico de qualquer alteração cardíaca durante a gravidez pode salvar vidas. Permite que o nascimento ocorra em ambiente apropriado para a melhor assistência perinatal.

O ultrassom transvaginal é o exame realizado com sonda própria, posicionada dentro da vagina. É também chamado de Transvaginal ou Endocavitário. Indicado para vários propósitos sendo os principais: Ultrassom ginecológico (fora do período da gravidez), Ultrassom Obstétrico Inicial (antes de 11 semanas de gestação), Ultrassom Obstétrico de 1º trimestre e Avaliação do colo uterino no 2º trimestre (18 a 26 semanas de gestação).
Poderá ser solicitada a avaliação transvaginal na gestação inicial, período que as estruturas anatômicas do embrião poderão ser mais bem visualizadas a partir dessa técnica. Está também indicada naquelas gestações iniciais que apresentam sangramento, dor ou cuja idade gestacional não pode ser bem estabelecida.

Na avaliação Morfológica do 1º trimestre, poderá ser realizada de maneira complementar, sobretudo nos casos quando a visualização da anatomia fetal pela via abdominal não for satisfatória.

Poderá ser realizado, também de maneira complementar, para estudo anatômico do cérebro fetal (Neurossonografia) durante a avaliação morfológica do 2º trimestre e para rastrear as gestantes com maiores riscos para parto prematuro, através da medida do colo uterino nesse mesmo momento da avaliação.

 

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Orientações para o dia do Exame

1- Confira o dia e horário do agendamento:

  • Organize-se para que não haja confusões tanto no dia quanto no horário de agendamento.
  • Normalmente o horário será confirmado previamente através de uma mensagem de WhatsApp ou por um telefonema.
  • Caso a atendente não entre em contato, favor ligar com antecedência para os seguintes telefones:

Belo Horizonte (31) 3228-8187

Bom Despacho (37) 3521-2565

2- Leve toda documentação necessária:

  • Verifique se está com sua carteira de identidade ou outro documento com foto (CNH).
  • Verifique durante o agendamento o que foi solicitado pelo seu médico no pedido de exame.
  • Leve o pedido de exame já autorizado pelo convênio.
  • Não esqueça de levar o cartão de pré-natal e todos os exames de ultrassom já realizados nessa gravidez.

3- Acompanhantes:

  • As pessoas sempre associam o dia de exame de ultrassom como um evento, no entanto tenha em mente que o exame é uma avaliação médica. Requer um ambiente calmo, privado, onde se possa conversar assuntos íntimos e eventualmente desagradáveis.
  • Evite sempre levar mais do que 1 acompanhante, sobretudo em tempos de pandemia.
  • Vá acompanhada de uma pessoa íntima e que possa responder por eventuais demandas legais, burocráticas e emocionais. Procure estar acompanhada do parceiro ou de um familiar (mãe, irmã ou pai).
  • Evite ir sozinha, principalmente quando há alterações nos exames prévios ou algum problema de saúde.

4- Crianças durante o exame:

  • Não leve crianças aos exames de Ultrassom, principalmente menores de 10 anos de idade.
  • As crianças, ao contrário do que os pais pensam, não se interessam pelas imagens de ultrassom. Crianças muito pequenas logo se entediam com o clima de exame, principalmente naqueles exames mais demorados e, naturalmente ficam agitadas passando a exigir a atenção da mãe.
  • Durante exames em que há criança na sala, é mais difícil estabelecer um diálogo produtivo com os pais explicando detalhes técnicos do exame. Perde-se dessa maneira uma ótima oportunidade de se tirar dúvidas.
  • Não são raras as situações que temos que constatar o óbito do bebê ou informar sobre a presença de alguma doença grave. A presença de criança na sala dificulta a comunicação desses eventos trágicos e dolorosos.

5- Vestuário:

  • Vista-se com roupas leves, fáceis de se trocar e que permitam facilmente a exposição completa do abdome e da região púbica.
  • Evite calça com elástico muito apertado, macacão sem um Top ou sutiã que te deixe confortável , calça jeans e outros. 

6- Alimentação

  • Não vá para o exame de jejum. Alimente-se levemente cerca de 1 hora antes do exame.
  • Evite estar de estômago cheio momentos antes do exame, principalmente de alimentos líquidos e frituras, pois podem precipitar refluxo e mal estar.

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